Num mundo distante, eu vivo esquecida,
Eu vivo perdida entre a multidão.
Sou sombra das sombras, que ninguém me enxerga
Perdida nas trevas da desilusão.
Sou um ponto negro, num espaço escuro
Que teve o futuro antes do passado.
Sou um João-Ninguém que teve a má-sorte.
De nascer na morte dos ignorados.
Sou resto das sobras, um pouco do nada
Sou cinza jogada num canto vazio
Sou um grão de areia na praia esquecida
Que a onda perdida passou e não viu.
Se você amigo tem a luz do mundo.
Não esqueça um segundo de agradecer,
Estenda a mão a quem precisar
Pois Deus vai lhe dar o que merecer.